Ler ou contar histórias? Essas duas práticas têm sua devida importância e ambas precisam habitar o cotidiano das crianças.
A contação de histórias é uma maneira potente de favorecer a imaginação e o repertório imagético das crianças. Envolve o uso da oralidade, da entonação, do olhar e dos gestos, criando uma experiência sensorial e afetiva intensa.
Enquanto uma história é lida, o ouvinte também assume o papel de leitor.
Mesmo sem decodificar palavras, a ele cabe a leitura de expressões, emoções e das "entrelinhas". Mesmo que ainda não saiba ler, a criança passa a entender a estrutura narrativa, amplia o vocabulário e aprende a importância dos livros como fonte de conhecimento e prazer.
A constância das histórias e um ambiente acolhedor são condições para que as crianças vivenciem ricas experiências e estabeleçam significados com os enredos.
No Maternal 2, as crianças adentram em vários momentos nesse universo da leitura. Com dois clássicos da literatura infantil, “Chapeuzinho Vermelho” e “Os Três Porquinhos”, elas apreciam com entusiasmo essas vivências com leitura, imaginando detalhes e características dos personagens para além do que está sendo narrado. Durante os contos, demonstram empolgação, imitando falas e gestos dos personagens, o que torna a experiência ainda mais mágica e divertida.
Além dos momentos de contação, os pequenos também exploraram os livros de maneira autônoma em diferentes espaços preparados com carinho. Sentados em rodas aconchegantes, em pequenos grupos em mesas ou até deitados sobre tapetes, as crianças manusearam os livros com interesse e curiosidade, folheando as páginas, “lendo” as imagens e compartilhando suas impressões uns com os outros.
Esses momentos de leitura livre, tão espontâneos e significativos, favorecem a construção de vínculos afetivos com os livros e fortalecem o encantamento pelo mundo da imaginação.
Professora Lígia Paula Silva
📸 Fotos: Ana Clara e Naely